O governador Jorginho Mello e o prefeito da cidade de Itajaà Robison Coelho não estiveram presentes na cerimônia y301j
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta quinta-feira, dia 29, da cerimônia de retomada das operações do Porto de ItajaÃ, em Santa Catarina. Na ocasião, foram anunciados R$ 844 milhões para modernizar e ampliar a capacidade do porto, que está sob gestão do Governo Federal desde janeiro deste ano.
“Este é o ano da colheita e eu estou aqui colhendo o desenvolvimento de ItajaÃ, de Navegantes, colhendo os investimentos em Santa Catarina, e não será a última vez que eu venho aqui. Podem ficar certos, que a gente tem muita coisa para fazer para esse paÃs e para esse estado”, ressaltou Lula.
Os investimentos têm como foco a segurança, a eficiência logÃstica e a ampliação da capacidade portuária. Com os aportes, o governo pretende impulsionar a movimentação de cargas, gerar empregos e fortalecer a economia local.
“Estou aqui trazendo emprego e recuperando um estaleiro que era para ser privatizado. Nós trouxemos ele, vamos tomar conta desse estaleiro e transformá-lo num estaleiro altamente compensador do ponto de vista financeiro e econômico”, garantiu o presidente.
Lula também elogiou a cidade de Itajaà e seus habitantes. “Um povo maravilhoso, águas maravilhosas, praias maravilhosas, gente bonita e educada. Eu tenho certeza que vocês vão ter orgulho de um dia ter colocado o pé aqui e ter assumido investir nesse porto”, frisou.
Em seu discurso, o presidente abordou, ainda, o crescimento da indústria nacional e o compromisso do governo em melhorar a qualidade de vida das pessoas. “Nestes dois anos, a indústria brasileira voltou a crescer, porque uma nação é composta de indústria, de agricultura, de transporte marÃtimo, de criação de animais, mas, sobretudo, uma nação é composta pela qualidade de vida do povo que habita aquela nação. E o que nós queremos para o Brasil é exatamente isso: elevar o padrão de vida do povo brasileiro”, afirmou.
O presidente também criticou a ausência do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), e disse que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro só sabem mostrar "armas e metralhadora". O governador e o prefeito da cidade de ItajaÃ, Robison Coelho, ambos do PL, não estiveram presentes na cerimônia.
Sem citá-los diretamente, Lula disse que sabia que eles estavam "com raiva, não vieram, nem vão vir", porque, em um confronto direto, "eles não têm coragem de dizer o que fizeram no paÃs", a não ser "mostrar arma, legalizar porte de arma, e mostrar metralhadora". O governador de Santa Catarina foi vaiado em pelo menos duas ocasiões. O evento ainda contou com discurso do empresário da JBS, Wesley Batista, porque as operações no porto vão ser conduzidas pela JBS Terminais.
O ministro de Porto e Aeroportos, Silvio Costa Filho, comentou a ausência de Jorginho Mello e disse que o governador "está sendo ingrato" com Lula, porque o governo ado "não chegou a um real do governo federal no estado". Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citou que Lula traz "estabilidade até emocional" para o paÃs, pela maneira como trata o povo. Haddad disse que já viu um governador ou prefeito "fazer desfeita", mas "ser recebido de braços abertos em BrasÃlia, porque Lula respeita o povo, independentemente da visão ideológica do governado".
Haddad ainda disse que, se os poderes não estão conversando entre si, "as coisas vão mal" e que a "questão polÃtica do paÃs é muito mais importante do que as pessoas imaginam". A fala foi feita no contexto de que os empresários estrangeiros observam a sintonia e o diálogo interno para avaliar se vão ou não investir no Brasil. Haddad disse que se um presidente não trata adequadamente prefeitos e governadores, "as coisas não vão bem" e que os desentendimentos que ocorreriam nos governos ados prejudicavam investimentos no paÃs.
Já a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que que o governo encontrar petróleo e gás que a Petrobrás está buscando na Bacia de Pelotas, no litoral do Rio Grande do Sul, vai ser possÃvel alavancar o desenvolvimento econômico de toda a região Sul do paÃs. E frisou que a Petrobrás está buscando novas energias, com foco em liderar uma transição energética justa, para deixar as operações cada vez mais limpas, porque tem a obrigação de garantir a segurança energética do Brasil a longo prazo.